Confissões de Perdidas: Juliana García

Relato de Julia García

CONFISSÕES DE PERDIDAS É UM QUADRO QUE EXPLORA DIFERENTES PERSPECTIVAS DO SER-E-ESTAR-PERDIDA, POR MEIO DE RELATOS DE  MENINAS DA NOSSA COMUNIDADE, QUE COMPARTILHAM EXPERIÊNCIAS PESSOAIS E AS FASES CINZAS (OU NÃO TÃO AZUIS) DA VIDA.

Eu estou vivendo um momento de transição agora. Sou graduada em Psicologia pela UFMG  e trabalhei durante bons anos como psicóloga clínica. Depois de um tempo foi me despertando a vontade de focar em temas conectados a ajudar as pessoas a encontrarem com o que queriam trabalhar. Nessa última atuação, fui passando por várias fases: me formei em Consultoria de Empreendedorismo Criativo e fui desenvolvendo gosto pela Consultoria de Conteúdo com Propósito. Criei cursos, experiências, produtos. E em cada nova frente, fui vivendo fases dentro das fases, elaborando outras formas de expressar minha criatividade.

Esse ano, eu senti fortemente que o meu lance é mesmo produzir conteúdo. Então, estou deixando uma solidificada atuação como consultora e me dedicando à escrita, à produção de conteúdo e ao serviço de direção criativa de conteúdo para marcas. E me focando em temas que são emergentes das transições e dos desafios contemporâneos – especialmente nas questões que tocam as mulheres na contemporaneidade.

Contando assim, parece que tudo se encaixa, né? Que tá tudo claro e ajeitadinho. Mas a clareza foi vindo com muitos trancos e muita sensação de que estava enlouquecendo! Já se sentiu assim? #pressurefeelings. Além de viver enormes mudanças profissionais, nesse meio tempo, passei por um divórcio e pela morte da minha avó. Depois vivi um monte de bons inícios e descobertas, mudei de cidade e estado algumas vezes.

Daí, olha só, outros ciclos vieram: adoeci, tive um episódio barra pesada de depressão. Fiquei sem casa, sem cidade, sem grana. Meu desafio ali não era saber qual o próximo passo — eu não sabia nem como ter energia para dar qualquer passo. Fui aprendendo a me cuidar no meio das transições, acontecendo todas-ao-mesmo-tempo-agora.

Tudo bem estar perdida. A gente é ensinada a ter medo do desconhecido, mas é ele que traz a novidade para a vida.

Nessa trajetória, tenho aprendido (e muitas vezes desaprendo, precisando aprender novamente) que tudo bem estar perdida. A gente é ensinada a ter medo do desconhecido, mas é ele que traz a novidade pra vida, né não? Tudo bem não saber o caminho, porque ele está se fazendo enquanto a gente caminha. Fui aprendendo até a desfrutar do estar perdida e  o caminhar errante. Adoro o que essa palavra traz: errante é quem caminha sem rumo, experimentando o caminho. A gente não tem que acertar. Na real, muitas vezes erro e acerto nem fazem parte do quadro. É experiência, é vida acontecendo. Fui aprendendo (e reaprendo sempre) que me perder faz parte, e me reencontrar também.

E você já se sentiu perdidona? Tá se sentindo assim? Quem quiser acompanhar minhas transições, esse é o meu blog e esse é o meu insta. E comenta por lá, vou adorar receber o seu alô.

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